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A Câmera. Função.

  • Foto do escritor: videoguia
    videoguia
  • 16 de fev. de 2016
  • 3 min de leitura

A Câmera é antes de tudo uma ponte. Senão um, mas O instrumento de ligação da realidade da natureza, das situações e dos fatos, com a realidade - comentada ou não – que o realizador deseja mostrar.

O acerto ou até mesmo a genialidade e brilhantismo com que o diretor ou realizador consegue passar uma determinada mensagem, está diretamente ligado à sua sensibilidade no momento de alterar ou não, a realidade que deseja mostrar.

Sua interferência pode ser valiosa ao grifar determinadas circunstâncias que deseja ressaltar, ou ao contrário, transformar situações necessárias apenas à compreensão do assunto, em passagens sintéticas, afim de valorizar o que lhe é mais importante sem perda de tempo ou recursos.


Assim, é necessário que o realizador domine algumas técnicas essenciais no que se refere à direção de arte, direção de atores, além de princípios de fotografia como funções de enquadramento, movimentos de câmera e objetivos da iluminação.


Tudo em um set de filmagem ou gravação tem uma função específica. Desde a posição da câmera em relação ao cenário ou atores até o tipo de refletor utilizado para a cena, passando pela velocidade de movimentação da câmera.


Nesses posts, vamos passar por algumas dessas funções, estabelecendo as relações entre a prática e a teoria da realização de filmes ou vídeos, estudando diversos momentos desde entendimento de roteiro, pré-produção, gravação ou filmagem e finalização.


Obviamente não iremos esgotar os assuntos até porque a tecnologia envolvida é viva e a cada dia, novos recursos são oferecidos ao realizador como ferramentas de captação e edição. Iremos, porém, revisar conceitos e ampliar nosso conhecimento de base para tornar muito mais compreensíveis, os aspectos do como fazer para o alcance de resultados de qualidade, quanto à forma e conteúdo.


Mas vamos a um pouco de prática.


De inicio, tomando já um exemplo para melhor compreensão, vamos observar nesse momento, apenas dois tipos de conteúdo em um filme ou cena, duas circunstâncias extremas: o drama total e a comédia total, na encenação de um único personagem.


Ao estabelecer que se a simples atuação dos personagens não é a principal fonte de transposição entre esses dois mundos – drama e comédia - tudo deve se diferenciar. Iluminação, cenários, posição e enquadramento de câmera.


Em uma situação dramática, a câmera pode variar entre áridos planos gerais imensos – que transmitem sensações de fragilidade e abandono, de solidão – a hiper close-up’s – que valorizem toda a carga emocional contida no olhar e expressão daquele personagem. De maneira geral, os movimentos de câmera tendem a ser lentos, explorando também passagens por detalhes de cenário que revelam ou condizem com a condição emocional da situação. A fotografia por sua vez, também será construída de forma a valorizar o clima denso da cena, com recortes, zonas escuras bem contrastantes com fortes contra-luzes. Na montagem ou edição, cenas mais longas e eventuais fusões de imagem.

Por outro lado, em uma situação de comédia, tudo deve conduzir à leveza e dinamismo. O ritmo dos cortes deve ser adequado ao ritmo da situação e apesar do respeito devido ao chamado tempo de comédia, necessário à assimilação do assunto ou piada pelo espectador, é sempre ideal que seja mais rápido, ágil.


Nesse caso, é impossível imaginar movimentos lentos de câmera ou enquadramentos muito abertos que não possam revelar expressões do ator. Porém, mesmo os super closes diminuem valor de função, uma vez que a câmera preferencialmente deve revelar também, toda sua linguagem corporal – também fundamental na construção de uma situação engraçada. A indicação de planos médios torna-se, nesse exemplo uma solução natural.


Percebe-se que cenário, objetos e iluminação também acompanham o clima da cena, ou seja, não devem roubar o ponto de atenção principal – o ator – mas sim reforçar sensações como a alegria ou sarcasmo.


Apenas algumas dessas variáveis já demonstram a relevância de conhecer a técnica para que ela seja ferramenta eficaz a complementar à idéia ou talento.


Então, o conhecimento de técnicas básicas servirá, não apenas ao realizador, mas a todos os profissionais envolvidos, para que uma única língua seja falada no set de filmagem ou ilha de edição e principalmente para que, a partir desse entendimento, as idéias de todos possam contribuir de forma positiva para o sucesso do projeto.

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