Diafragma e Profundidade de Campo.

CONTROLE DE DIAFRAGMA E PROFUNDIDADE DE CAMPO FOCAL.

As lentes captam a luz de forma diferente entre si. Basicamente, isso se deve simplesmente ao fato de que a luz atravessa mais facilmente um cristal mais fino do que um outro mais grosso ou, transpõe mais facilmente a um que a vários elementos. Então, devemos deduzir que o agrupamento de vários cristais ópticos em uma lente zoom, traga ainda mais dificuldade para que os feixes luz realizem sua trajetória.

Assim, a intensidade de luz que chega ao final de uma lente varia conforme as “dificuldades” que encontrou no caminho para chegar lá. A qualidade e a quantidade de cristais ou elementos ópticos altera a intensidade de recepção de luz e consequentemente uma propriedade fundamental das lentes chamada PROFUNDIDADE DE CAMPO.

Para aproximar o nível de entrada de luz em um sistema de captação de imagem daquele que é captado e corrigido pelo cérebro humano, é necessário que se regule a intensidade de passagem dessa luz.

Para isso, acoplado ao conjunto ótico, existe um sistema de anéis cuja função é abrir e fechar o tamanho do vão por onde a luz que passou pelas lentes vai atravessar em direção ao sistema de transformação seja químico ou eletrônico, filme ou vídeo. Esse anel é chamado de DIAFRAGMA ou também de ÍRIS porque tem a mesma função da íris no olho humano: abrir e fechar, dimensionando o nível ideal de intensidade de luz.

Esse grau de intensidade tem sua medida dada em pontos no diafragma, os chamados “f-stops”. Os números que representam esses pontos têm ordem de grandeza inversamente proporcional à abertura do anel de diafragma. Assim, um diafragma 1.2 (lê-se um ponto dois) indica que o anel está mais aberto que uma leitura de 5.6 ou 8.

Mas para que saber? Qual a diferença?

É simples notar que se eu tiver uma fonte fraca de luz, vou precisar abrir o anel de diafragma para atingir um nível satisfatório de entrada de luz e ao contrário, se a luz estiver muito forte, precisarei fechá-lo, para não “estourar”.

A função básica do anel de diafragma é a calibragem da exposição correta do material sensível. Por material sensível, entenda filme fotográfico no caso depelícula de cinema, e sensores eletrônicos no caso de vídeo.

Porém, além da correta exposição, existe uma propriedade das lentes que pode se tornar muito interessante e transformar-se na diferença fundamental entre uma tomada medíocre e outra de extrema competência. É o que chamamos de PROFUNDIDADE DE CAMPO FOCAL, ou simplesmente, profundidade de campo.

Ocorre que, por questões ópticas, quanto mais fechado estiver o diafragma, maior será a área em foco entre o assunto principal, seu fundo e ainda aquilo que esteja em primeiro plano.

De forma inversa, se a baixa iluminação da cena estiver forçando um diafragma mais aberto, o CAMPO FOCAL será mais restrito.

Podemos então utilizar essa propriedade para fins específicos como por exemplo, desfocar um fundo que pode ser colorido mas nem sempre bonito, ou utilizar um primeiro plano desfocado, obtendo assim, um resultado estético melhor ou um efeito específico.

Em outros posts, retornaremos a esse recurso, com uma abordagem mais completa do conjunto de ações para alterar ou melhorar os resultados estético e dramático de uma cena.